Tuesday, October 31, 2006

INCLUSÃO


MINHA OPINIÃO SOBRE A INCLUSÃO


A inclusão é uma realidade. E eu também não li a lei e nem tenho formação para trabalhar com alunos especiais. Mas do jeito que eu vejo a inclusão nas escolas não pode estar correto. Então simplesmente surge uma lei e os professores que devem procurar se adequar? Isto é como inventar um jogo que deve ser feito de tal maneira, se chegar a tal ponto, não interessando as regras. Todo jogo deve ter regras. Toda lei deve ter normas.
Então os pais matriculam um filho com necessidades educativas especiais na escola e a professora deve saber o que fazer?
Não. Isto não pode ser assim. Para ter inclusão de alunos PNEE, a escola deve ter toda a sua estrutura para tal. Partindo da parte física da escola com banheiros apropriados, rampas..., salas de aulas próprias para jogos, salas de recursos para certas horas em que o aluno não tem condições de acompanhar os trabalhos de ordem cognitiva dos colegas.
Exemplo
Um aluno com problemas físicos não tem como participar da aula de educação física. O máximo que pode fazer é apitar um jogo, ser um bandeirinha, mas pode também participar de jogos calmos como xadrez...
Um aluno com problemas mentais, como poderá participar de uma aula normal, onde todos os alunos reconhecem as letras e os números e ele não? Somente trabalhando individualizado, e os outros? E quando a professora atende a turma o incluso está por conta, pois não trabalha sozinho. Deve ter uma professora monitora com ele. Então se torna uma pessoa exclusa, “a diferente”.
Claro que tem casos que podemos incluir alunos sem problemas, quando a escola tem todos os recursos. Os professores são qualificados para tal.
Mas do jeito que está a educação com poucos recursos, professores não qualificados para atender esses alunos, e sem tempo e condições financeiras para que se qualifiquem por conta, tudo fica assim. E a lei está aí para ser cumprida.

Wednesday, October 25, 2006



MECANISMOS PERCEPTIVOS


A percepção não nasce com a criança e sim ela vai observando, experimentando combinações para que a noção de objeto se constrói pouco a pouco.
A leitura da experiência consiste sempre, numa interação entre o sujeito e o objeto onde as propriedades do objeto são atingidas graças à introdução de relações ou de estruturações ligadas às atividades do sujeito, para um processo de assimilação.
Não há pré-formação da lógica na percepção, mas as estruturas lógicas têm sua fonte nas coordenações sensório-motrizes já presentes na percepção.
A percepção se introduz, a uma esquematização psicológica sob influência das atividades sensório-motoras necessárias a seu funcionamento.
A criança separa as figuras com apenas um critério, pois, ela está numa fase muito inicial da vida dela onde a mesma não considera esses deslocamentos e quando começa a notá-los subordina-os ainda a seus esquemas de ação imediata
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Tuesday, October 24, 2006

Diferenças entre Percepção e Atividade Perceptiva

Diferenças entre Percepção e Atividade Perceptiva

A percepção na aprendizagem dos alunos, deve ser sempre priorizada, estimulando-os com materiais ilustrativos a cada nova tecnologia que surge.
A inteligência é uma função de adaptação especial, uma adaptação psicológica. O ser humano é um agente de uma construção. Ele precisa interagir com o objeto do conhecimento a que necessita se adaptar.
A função adaptativa psicológica se realiza a partir de estruturas totalmente herdadas, parte herdadas e parte construídas pelo sujeito e ou totalmente construídas pelo sujeito em um processo de desenvolvimento.
Os problemas sobre o funcionamento da percepção estão presentes desde o nascimento. Piaget verifica que a percepção é centrada, é focada, estática, e por isso deformante. Só percebemos o que está presente no campo perceptivo e o que estiver num espaço próximo. Não podemos negar a função dos sentidos nem minimizar o papel da percepção. O conhecimento do objeto se dá pela atividade perceptiva.
Com pouca atividade formamos quadros perceptivos, mas pela atividade exploratória, agindo sobre os objetos funcionam nossos mecanismos de centrar a percepção em foco, descentrar e centrar em outro, transpor relações entre uma parte e outra, fazendo novas coordenações entre as partes melhorando as percepções. As novas informações são buscadas pelo sujeito com seus esquemas de ação na atividade exploratória.
Um esquema é constituído pelos significados que o sujeito vai retirando das ações anteriores. E o sujeito vai construindo sistemas de significações.
Os esquemas de ação, pré-verbais, pré-conceituais e finalmente os esquemas conceituais serão os esquemas assimiladores de novas significações.
Os esquemas assimilam as novas informações pela acomodação das significações anteriores.
A atividade perceptiva vai se tornando em atividade cognitiva quando o pensamento já pode representar por imagens e por raciocínios o que não está mais presente no campo perceptivo.
Reconstruímos constantemente nossos sistemas de significações pela atividade perceptiva, pelas significações que colocamos nas ações sobre os objetos.

Monday, October 16, 2006

Para uma avaliação construtivista

PARA UMA AVALIAÇÃO CONSTRUTIVISTA

Analisando duas formas de se fazer avaliação da produção ou construção de um conhecimento na escola.
A análise estrutural analisa a criança como um sujeito epistêmico, e a análise funcional analisa a criança como um sujeito psicológico, ambas baseadas no construtivismo de Piaget.
O construtivismo estrutural analisa, descreve a parte do cognitivo que compartilha, em situações iguais com todos. Classificar, seriar, abstrair ...que nos permite interpretar (assimilar).E o construtivismo funcional analisa e descreve o psicológico ( a parte de ordem individual específica de cada um).
O conhecimento da criança, aquilo que ela diz ou pensa que o objeto é, versos o conhecimento do adulto, do livro didático, referência do professor que diz ou pensa sobre o mesmo objeto. E como ouvir uma criança fazer com que a mesma, retoque, substitua, melhore sua primeira opinião em uma posição construtivista., mas conservando sua identidade inicial.
De um ponto de vista funcional, os procedimentos, os modos de fazer, produzir, um objeto qualquer, as soluções práticas, a construção de caminhos que nos levam a resultados satisfatórios ou não, são formas de solucionar da melhor maneira as respostas, aquilo que se configura como a melhor solução.
De um ponto de vista estrutural, as teorias, as hipóteses explicativas são bases para o porquê das coisas. As provas dedutivas de uma criança pré-operatória ou operatório-concreta são características do nível cognitivo.
As estruturas geométricas descritas por Piaget & Inhelder sobre representação espacial da criança. Propor que as avaliações estrutural e funcional:
¾ São irredutíveis entre si, isto significa, aceitar que uma não se subordina à outra. (geometria euclidiana)
¾ São complementares entre si, isto significa, aceitar que as duas perspectivas se complementam e que uma só se realiza na perspectiva da outra ( a análise funcional depende da estrutural e vice-versa). (geometria projetiva)
¾ São indissociáveis, isto é, que estas duas perspectivas funcionam qual partes de um mesmo todo. (geometria topológica)
Em uma abordagem construtivista estas duas formas de conhecer (produção de conhecimento estrutural e produção de conhecimento funcional) devem ser coordenadas entre si, ou seja, sintetizadas, inclusive no contexto da avaliação escolar.
O construtivismo valoriza a mudança de perspectiva, de eixo de análise.
Piaget considerou a perspectiva científica e ousou demonstrar a continuidade entre os dois extremos (o pensamento da criança e o científico sobre um determinado conceito) coordenou esses dois pontos de vista.

“Ser construtivista é produzir conhecimentos em um contexto em que o diálogo, a confrontação de um ponto de vista, o entrechoque de idéias estão sempre presentes.”

Tuesday, October 03, 2006

Construindo conhecimentos:

Para fazer com que os alunos construam novos conhecimentos usa-se o conhecimento que eles já possuem para desenvolver uma visão de mundo coerente e útil. Piaget, diz que “todo e qualquer desenvolvimento cognitivo só será efetivo se for baseado em uma interação muito forte entre o sujeito e o objeto.” É integrar o objeto de estudo à realidade do sujeito, dentro de suas condições, de forma a estimulá-lo e desafiá-lo, e ao mesmo tempo permitindo que as novas situações criadas possam ser adaptadas às estruturas cognitivas existentes, propiciando o seu desenvolvimento.
A aprendizagem da criança:
é um processo de construção de relações;
é liberar a curiosidade;
é questionamento e exploração;
vai em direções ditadas pelos seus próprios interesses;
se encontra em processo de mudança;
propicia a chance de aprender com seus próprios erros.
A criança é um ser pensante que tem suas lógicas.

Ela elabora hipóteses sobre a escrita.
As atividades devem desafiar o pensamento das crianças e gerar conflitos cognitivos que os ajudem a buscar novas respostas.